A virtude que nos guia
- Gustavo Bianchini
- 27 de abr. de 2018
- 2 min de leitura
Estava lendo a República de Platão e esse livro vem me emocionando cada vez mais.
Sócrates fala em determinado momento sobre o que é ser filósofo, que é a prática da busca pela verdade. Um tempo depois na discussão com seus amigos se questionam sobre o que é a verdade e falam sobre analogias. Sócrates então apresenta então uma analogia que eu gostaria de levar para minha vida, que consiste em pensar no Sol.
Tudo o que vemos, de certa forma é real não é? Estando iluminado ou não, lá está a coisa, não interessa se conseguimos ver ou não, mas ela está lá. Essa é a verdade.
Claro, para isso precisamos admitir que existe algum sentido no mundo, que exista uma verdade. Embora Sócrates não goste de hipóteses e sim da dialética, precisarei pensar nesse pressuposto pra poder continuar escrevendo.
Essa verdade só é vista, devido à uma luz, por conta de algo que a ilumina e permite que todo o visível seja visto, essa é a luz do Sol. Podemos pensar na luz do sol como a consequência da existência do Sol.
Esse Sol, poderia ser pensado como a ideia de bem, a bondade. É ela quem ilumina os nosso passos, ela é quem nos leva realmente para a verdade sobre as coisas, é aquela luz que faz um dos homens saírem da caverna e contemplarem algo jamais visto, ofuscando a sua vista e proporcionando novos sentidos para a sua vida.
Pois não fosse esse o caso, imaginemos que fosse o caminho do mal e da crueldade que nos levasse para a verdade, que verdade seria essa senão o fim da própria existência humana? De olho por olho todos ficaram cegos!
Tendo com base essa reflexão do livro, penso em como as vezes nos perdemos na busca do que é verdadeiro na vida. Buscamos tanto, buscamos lá fora e dentro de nós, em todo o lugar. Mas esquecemos de voltar atrás e realizar o que buscamos e como estamos buscando.
Acredito com base nisso, que qualquer busca por encontrar um sentido no mundo e na vida, sem partir da ideia do bem primeiramente, sem partir da virtude, estará fadado ao fracasso. Acredito depois de ler esse texto do livro A república que a nossa vida afinal de contas não é algo tão complicado assim,
talvez a gente nunca encontre a verdade, talvez ela sequer exista. Mas se desejamos buscá-la, precisamos ter a capacidade de vê-la.
Precisamos então de luz, de algo que nos guie! E esse guia é o mais bem aventurado de todos, é a mais pura e plena: Bondade.

Paz à todos, obrigado pela leitura
Gustavo Bianchini Porfírio.
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